Falar sobre o dízimo para alguns é assunto que causa um certo desconforto interior, enquanto para outros é um assunto natural e soa como um ato libertador. Porque reações diferentes? Em épocas passadas o cristão se identificava como integrante de uma comunidade pelo “anual” que pagava e que era uma taxa pré-estabelecida. Mais recentemente adotou-se o dízimo, um jeito diferente de participação. Muito tem-se fundamentado por textos e pesquisas bíblicas e teológicas sobre o tema e não foram menos as discussões e debates sobre o mesmo assunto.
Entendo que antes de tudo para termos um entendimento sobre o dízimo, necessitamos de um ato de conversão; Compreender o dizimo a partir do coração ou a partir do bolso? Se pauto minha vida na generosidade, o gesto de doação desta oferta passa a ser natural em minha vida, algo que brota do coração e se torna um gesto libertador. Agora, quando acrescentamos ao dízimo a palavra pastoral acrescento-lhe a dimensão de cuidado, zelo e corresponsabilidade em relação a uma realidade que está para além do meu eu, isto é, à comunidade, à Igreja. Nisto consiste a primeira dimensão que é a religiosa. Tem a ver com pertença, com identidade de cristão batizado.
A partir daí acrescentamos as outras dimensões: evangélica, isto é , a preocupação com a evangelização na Igreja e na comunidade e com os meios para prover este serviço com recursos humanos e materiais, para que o Reino possa acontecer. A dimensão missionária me faz ir mais além. No dizer do Papa Francisco: é sair, pensar na ação da Igreja como uma todo com seus desafios e necessidades. Por fim a dimensão social é voltar a ação da Igreja para as necessidades emergenciais e promocionais daquele s que vivem em situação de necessidade.
Concluindo podemos dizer que não precisamos mais buscar argumentos que já temos muito conhecimento sobre odízimo. O que nos resta é decidir se queremos ser um dizimista ou não. Agradecemos que já fez sua opção e já se tornou um dizimista efetivo.
Abraços a todos